Psicologia do Yoga
............Dedicado aos Profs. TKV Desikachar e T. Krishnamacharya (1888-1989)............Um Blog sobre medos, felicidade, sofrimento, prazer - sobre o que nos traz realização e sobre o que nos traz frustração - tudo isso a partir da psicologia do Yoga.
sexta-feira, 21 de junho de 2019
Atenção: novo website
o blog está sendo substituído pelo website. Estarei usando, a partir de agora, apenas o endereço do website:
www.psicologiadoyoga.com.br .
Cadastrem-se lá! É só abrir o novo website e a opção de cadastramento aparece ao final da página.
Lá a organização ficará com muito mais qualidade.
Abraços!
Jorge Luís Knak
sexta-feira, 24 de maio de 2019
YouTube/podcast - Sobre tornar-se grande
"Sobre tornar-se grande"
O autoconhecimento nos leva a reconhecer a grandiosidade da vida.
Ouça o áudio/podcast no YouTube:
terça-feira, 2 de abril de 2019
Segunda edição do curso online - Meditação e autoconhecimento
quinta-feira, 14 de março de 2019
Sobre o Yoga e a prática de Asanas - tradição de Krishnamacharya e TKV Desikachar
Ouça o áudio no Canal do YouTube:
sexta-feira, 8 de março de 2019
Meditação e autoconhecimento: Meu pai, minha mãe e as dimensões psicológica e espiritual na perspectiva do yoga
A psicologia do yoga traz uma visão que une, de forma muito especial, nossas emoções mais básicas relacionadas à afetividade, a nossa dimensão espiritual individual e a nossa relação com o sagrado.
Em cinco sessões de uma hora e meia abordaremos a estrutura mental humana, as principais armadilhas internas e as dimensões psicológica e espiritual vinculadas à imagem de pai e mãe.
Faremos uma reflexão sobre a trajetória de cada ser humano, que começa com as primeiras experiências de bebê, dependendo dos pais para a sobrevivência, até a fase adulta, onde é capaz de contemplar o amplo mundo que a ele deu nascimento, transcendendo a visão do restrito núcleo familiar.
A superação das aflições relacionadas às naturais limitações humanas passa pela percepção do quão vasta e rica é nossa herança recebida da natureza, do todo, de Deus ou seja qual for o nome que adotemos para designar essa inteligência e essa base material que nos deu nascimento.
O caminho de amadurecimento é um processo gradual, que tem seu tempo, assim como o desenvolvimento de nosso corpo. Para que coloquemos o tempo a nosso favor é necessário que conjuguemos a busca de conhecimento com um treinamento de reflexão sensível sobre a vida. Essa união é o foco da psicologia do yoga.
Informações:
- Curso online ao vivo
- Quartas-feiras das 20:00 às 21:30
- Cinco encontros de uma hora e meia
- 18 vagas
- Encontros ao vivo com gravação disponível por uma semana
- Início da primeira turma: Abril/2019
- 3 parcelas de 110,00 (330,00) pelo pagseguro
- Casais: desconto de 25% por pessoa (total para o casal: 3 parcelas de 165,00)
Inscrição: jorgeknak@gmail.com
sexta-feira, 1 de março de 2019
A aplicação do yoga e o papel do professor
Psicologia do Yoga - O que eu busco? Minha busca é benéfica para mim e para os outros? Quais os meios para realizar meu propósito?
Clique no link para ter acesso ao áudio no canal do YouTube
domingo, 27 de janeiro de 2019
quinta-feira, 10 de janeiro de 2019
Aceitação e autoconhecimento - oração
Ouça no Youtube
https://youtu.be/sQrpryuDigA
Ouça no Podcast Castbox
https://castbox.fm/vb/118741022
Sobre a importância do desenvolvimento da aceitação no desafiante caminho do autoconhecimento.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2019
Palavras do meu professor...
Palavras do meu professor...
"Is our Yoga Practice,
an offering to the Ātma–Buddhi Dynamic or,
a gratification for our Manas–Indriya expectations?"
Tradução:
"Nossa prática de yoga
É uma oferenda à dinâmica Atma-Buddhi ou
A nossas expectativas Manas-Indriya?"
Explicação breve dos termos usados:
Atma é o eu definitivo, Buddhi é a dimensão mais elevada da mente (responsável pela discriminação da verdade), Manas é a dimensão da mente voltada para a atuação sensorial, Indriyas formam o sistema sensorial.
Essa frase do Prof. Paul Harvey é provocativa, desperta o questionamento a respeito do que estamos alimentando em nosso caminho de yoga (de realização do autoconhecimento). Estamos em busca de satisfações mais temporárias e autocentradas ou de uma real descoberta? Não é apenas o sistema escolhido que define isso, mas a minha real motivação.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
sábado, 29 de dezembro de 2018
Um Lírio de Deus - Psicologia do Yoga
Cheguei a meu consultório no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, para o primeiro atendimento da manhã de uma segunda-feira. Consultório, sala de yoga, a dúvida sempre fica. Quando chamo de sala de yoga, é comum acharem que dou aulas de exercícios para relaxamento. Consultório parece designar melhor o espaço físico onde trabalho com a psicologia do yoga. A primeira pessoa daquele dia era uma paciente que, há alguns anos, mantém atendimentos semanais regulares. Curiosamente, essa mesma paciente, certa vez, ouviu de uma amiga “conheci teu professor de yoga”. A resposta dela, prontamente, foi “ele não é meu professor, é meu terapeuta”. Mas o fato principal que quero relatar aqui é que, nessa manhã, ela veio trazendo flores... lírios da paz.
Nossa conversa começou pelos lírios. Eles estavam ali representando gratidão. Recebi com alegria o delicado gesto, pois gratidão é uma das emoções superiores, sua presença é digna de comemoração. Conversamos sobre o que a havia motivado a expressar esse sentimento, agradeci e manifestei minha felicidade por ela. E, após a segunda-feira, vem a terça, a quarta, a quinta...e passei todos os dias daquela semana sem carro. Normalmente, é minha esposa que fica com ele, pois a escola de nossos filhos é na mesma região da cidade em que ela leciona. E, assim, devido à dificuldade de levar o vaso de flores para casa, o lírio permaneceu durante o fim-de-semana em meu consultório.
Chego, na segunda-feira seguinte, então, em meu consultório novamente. Ao entrar na sala vejo o lírio desfalecido. Flor suave e delicada. Coloquei água e pensei “eu deveria escondê-lo, é vergonhoso ter deixado ele ficar em tal estado”. Mas a sala pequena e sem esconderijos me salvou de uma mentira. Ansiedade minha acreditar que a gratidão possa ser enfraquecida por um pequeno descuido. A paciente compreendeu. Acalmei a mim mesmo fazendo de conta que acalmava a ela, falei que conhecia o lírio, que sabia de sua capacidade de se restabelecer rapidamente. Expliquei, também, minha dificuldade em levá-lo para casa na semana anterior. Como eu havia molhado suas raízes logo no início da manhã, ao meio-dia ele estava cheio de vitalidade novamente. Fotografei-o e enviei a foto a ela para me sentir melhor e compartilhar a total recuperação. Na mesma semana, finalmente, levei-o para casa para mantê-lo mais próximo de meus cuidados.
Esse fato, realmente, ocorreu. E é, também, muito rico enquanto metáfora para apresentar o conteúdo desse texto. Mas o que pretendo representar com cada um dos elementos dessa história? Quem sou eu? Quem é a paciente? O que é o lírio da paz?
Eu represento cada ser vivo, a paciente representa Deus e o lírio da paz representa o corpo que recebemos.
Recebemos um corpo de presente. Não temos a mínima competência para criar, com nossas próprias habilidades, um coração, rins, artérias e tantas outras partes que nos tornam seres vivos. Quando recebemos algo de presente de uma pessoa especial, demonstramos nossa apreciação e fazemos questão de mostrar que cuidaremos bem do que nos foi oferecido. Uma visão superficial poderia considerar que, uma vez recebido o presente, não cabe a ninguém mais julgar a forma como o utilizo. Porém, aquele que dá e aquele que recebe se unem na esfera emocional. O objeto mudou de mãos, mas a gentileza do ato os mantém vinculados. Pois assim é nossa relação com Deus, com a natureza ou com o nome que preferirmos dar à fonte de toda a criação. Estamos profundamente vinculados à fonte. E quanto mais esse vínculo for consciente e for reverenciado, mais nutridos estaremos.
E qual o primeiro passo de reverência apresentado pelo yoga? O primeiro passo de reverência é o cuidado para com o próprio corpo. É ele nosso veículo, nosso veículo do caminho de autoconhecimento. Resgatar o reconhecimento de que o corpo não é um mero campo de desfrutes, prazeres e abusos é uma etapa importante de amadurecimento emocional para todo ser humano. Alguns descobrem tarde demais. Então, será bem vindo qualquer movimento na direção da conscientização desse corpo que foi recebido de forma tão especial. E o que é esse movimento de conscientização? Tornar algo consciente é tornar-se sensível dele e é conhecer o seu papel, o propósito de sua existência. Na psicologia do yoga diríamos “descobrir seu dharma”¹. E qual é o propósito do corpo, o dharma do corpo? Auxiliar a cada um de nós a tornar a vida uma história de descobertas, a caminhar por todos os espaços alimentando-nos de percepções sensoriais de forma a nos gerar reflexões, dúvidas e revelações. O corpo é quem leva nossa mente para passear. Através dele, e do que chamamos “os nove portões”², percebemos o mundo e interagimos com ele oferecendo à mente tudo o que ela precisa para se ocupar e cumprir, a partir daí, o seu papel. Um corpo que não funciona bem é um corpo que não entrega à mente tudo o que ela precisa, é um corpo que filtra mal as informações colhidas do mundo através dos sentidos. É por essa razão que os mestres tradicionais de yoga falam sobre o cuidado alimentar, sobre o descanso, sobre uma rotina saudável e sobre uma forma muito especial de exercício físico. Esses aspectos são apenas a base de todo um conhecimento psicológico e espiritual que também será apresentado. Mas formam um alicerce que não pode ser desprezado.
Nosso sistema corpo-mente é formado de três qualidades básicas chamadas sattva, rajas e tamas. Sattva é a qualidade de leveza e luminosidade, rajas é a qualidade de movimento e excitação, tamas é a qualidade de escuridão e peso. Os cuidados com o corpo afetam positivamente a adequada distribuição dessas qualidades em nosso sistema. Cada uma delas tem a sua hora para cumprir um papel importante. Precisamos da experiência de escuridão e peso para dormir; precisamos de leveza e luminosidade para refletir e tomar decisões; precisamos de movimento e excitação para reagir rapidamente a uma situação emergencial. Mas, para que um exercício físico contribua com a organização de todo esse sistema, não basta trabalharmos a força e a flexibilidade, é necessário utilizarmos métodos que assegurem o correto uso da respiração e da sensibilidade mental. Se estou muito ansioso, por exemplo, facilmente exijo demais de meu corpo de forma a tentar descarregar a agitação, e, muitas vezes, essa atitude inconsciente pode acabar por me deixar sem ar ou com uma contratura muscular. Além disso, seguindo esse padrão de relacionamento com o corpo, estou fortalecendo uma tendência mental abusiva. Não podemos apenas fazer uma medição física para ver os resultados mais evidentes do exercício, também precisamos refletir sobre como a forma como ele é feito afeta o treinamento da mente. Exercitar o corpo é se relacionar com o corpo, e isso exige que saibamos como treinar atitudes mentais saudáveis simultaneamente.
É por esse motivo que a prática de entrada do yoga oferece meios para exercitarmos o corpo, ao mesmo tempo em que tornamos a respiração mais lenta e direcionamos mais a atenção sustentando certas atitudes especiais na relação com o corpo e com a respiração. Corpo, respiração e mente não podem ser desgrudados. Somos um. Não somos partes isoladas. Quanto mais entendermos a inviolabilidade dessa conexão, mais nos convenceremos da importância de integrar todos esses aspectos no exercício físico.
Reverenciar a perfeição desse corpo é agradecer a Deus. Cuidar deste corpo como quem protege um presente especial é um gesto de humildade e sabedoria. Somos limitados, caímos em excessos, falhamos, temos dificuldade de manter hábitos saudáveis... mas qualquer conquista na direção dessa construção gradual amparada pelo sentimento de gratidão será de grande benefício a nós mesmos e reverberará positivamente naqueles que nos cercam. Um relacionamento atento e sensível, com esse que é nosso instrumento mais perceptível, aumenta em muito nossas chances de avançar em direção a um caminho mais profundo de autoconhecimento e realização.
Notas
1 - dharma é a natureza de algo, o que ele tem a cumprir como propósito. Significa, também, dever ou ação adequada.
2 - os nove orifícios do corpo vinculados à ação e à percepção: ânus, sexo, boca, narinas, olhos e orelhas. O corpo é conhecido como “a cidade dos nove portões”.
terça-feira, 25 de dezembro de 2018
Sensibilização do corpo - Psicologia do Yoga
A prática de asanas da tradição de yoga de Krishnamacharya, assim como no Yoga de Patanjali, está centrada na sensibilização...
Os áudios do podcast também podem ser acessados pelo Youtube.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
Yoga em poesia
Rabindranath Tagore expressou vários ensinamentos do Yoga de forma perfeita em muitas de suas poesias. Essa é uma delas...
Obs: Para abrir os áudios do canal "Psicologia do Yoga" no computador não é necessário cadastrar-se nem instalar qualquer programa.
No celular é necessário instalar o "Castbox", um dos principais aplicativos de podcast atuais.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
Podcast "Psicologia do Yoga"
Desde ontem, 13 de dezembro de 2018, está no ar o podcast "Psicologia do Yoga - Prof. Jorge Knak".
Para quem não está habituado, o podcast é uma ferramenta para publicação de áudios. Eles ficam disponíveis para serem escutados em meu canal ou serem baixados.
O que esperar do Podcast "Psicologia do Yoga"?
Reflexões sobre o fantasma que mais nos assusta: o sofrimento;
Sobre as armadilhas que acabam por nos levar na direção dele quando acreditamos que estamos o evitando;
Exposição dos passos apresentados pelo caminho tradicional do yoga para que encontremos uma satisfação mais profunda e permanente sem a negação da realidade humana;
Além disso, teremos áudios em outros formatos, onde não seguiremos a reflexão espontânea habitual, e sim leituras de contos e artigos que enriqueçam essas contemplações.
Para ir recebendo o aviso quando novos áudios são postados é só se inscrever no canal.
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terça-feira, 20 de novembro de 2018
Entrevista à Folha de São Paulo online
https://namaste.blogfolha.uol.
quinta-feira, 25 de outubro de 2018
Introdução à formação de hábitos mentais
Psicologia do Yoga
Trecho do livro "Principles and Practice of Yoga Therapy" - Dr. N. Chandrashekaran
"Os sistemas físico e fisiológico não são suficientes para possibilitar uma determinada ação. Alguém pode ter olhos perfeitos, mantê-los abertos e direcionados a um objeto e, mesmo assim, se a atenção não está no objeto, ele não será visto. Os olhos estão abertos, mas a ação - a visão - não está acontecendo. As dimensões física e fisiológica estão presentes mas a terceira - a atenção - está ausente. Então, a ação acaba por não se estruturar integralmente naquela direção. Onde a atenção está, a ação vai. Essa faculdade dentro de cada de nós é chamada de sistema psicológico. Na verdade, o sistema psicológico inicia as ações pelo interesse gerado. Ele se utiliza, então, do sistema fisiológico, através do que chamamos de energia vital ou "prana" e possibilita cada ação com a ajuda do sistema físico. Portanto, para cada ação os três sistemas mencionados são essenciais.
Nosso sistema psicológico tem múltiplos potenciais, é dominante e esperto. Nele está também a faculdade da memória. Cada ação feita através da combinação dos três sistemas resultará no estabelecimento de uma memória. Ações repetidas resultam na formação do hábito. No yoga chamamos os hábitos, as marcas mentais, de "samskaras". Samskara é um padrão de ação bem estabelecido no sistema psicológico. Uma vez que esteja profundamente enraizado, ele toma conta. Ele inicia a ação e dá continuidade a ela por si mesmo. A atenção pode, então, até mesmo ir para outro lugar, mas a ação é iniciada e mantida por esses samskaras. A ação se torna mecânica."
Dr. N. Chandrashskaram* - Livro "Principles and Practice of Yoga Therapy"
*Dr. N. Chandrashekaram é médico com mais de 30 anos de experiência em medicina de família, foi aluno de TKV Desikachar e foi um de meus professores na Índia.
quarta-feira, 27 de junho de 2018
O yoga e a luz da lua
Há uma tradicional metáfora indiana que se utiliza das imagens do sol e da lua. Nessa metáfora, bastante usada nos meios de yoga e vedanta, o sol representa o espírito e a lua representa a mente.
A lua não tem luz própria, sua luz é apenas o que ela consegue refletir do sol. Por essa razão, durante o dia, a lua não é lembrada por nós. Por qual razão nos voltaríamos a ela uma vez que a luz direta do sol está à nossa disposição? Mas, quando o sol se esconde e a noite chega, a lua conquista admiradores. A lua, antes negligenciada, passa a ser lembrada e reverenciada. É à noite que reconhecemos sua beleza e sua importância, é à noite que nos tornamos gratos a ela.
Assim é, também, a mente. Quando o espírito brilha, solitário, não há razão para a existência da mente. O espírito é visto como pura presença, pura essência de vida e consciência. A luz do sol é como a luz do espírito, a luz do “purusha”, a luz do “atma”, a luz da consciência que ilumina a mente. É ela, sem dúvida, a fonte. É ela, sem dúvida, o destino. Mas, para a vida humana, para a vida que oferece o desafio e a doçura das relações, a mente é o grande instrumento. Enquanto buscadores, enquanto seres humanos que reconhecem sua própria ignorância, sua própria escuridão, humildemente nos lembramos, a cada tropeço, de reverenciar a luz da lua. A mente, negligenciada por aqueles que se fixam apenas no destino e esquecem os passos, é, na realidade, o supremo instrumento. Precisamos que ela nos proteja, oferecendo vestígios do brilho do espírito enquanto não o vemos diretamente devido a nossos obscurecimentos. A mente não tem luz própria, mas só ela pode nos revelar a luz do espírito. Reverenciamos a mente como quem, tateando, se alegra ao encontrar a lamparina na noite escura. É ela que nos oferece a segurança que precisamos para continuar caminhando.
Enquanto o dia não nasce, cuidemos da mente, apliquemos o conhecimento do yoga. A mente não é uma ilusão, e sim uma bondosa parceira. Se não cuidarmos do corpo, não encontraremos a qualidade de mente que precisamos. Se não cuidarmos da mente, não encontraremos o espírito. A única ilusão está em crer que a mente tem luz própria. E, por essa razão, um danoso e sutil engano seria cuidar do corpo sem mirar a mente e cuidar da mente sem mirar o espírito. Yoga é essa integridade, essa conexão.
Se desprezarmos a lua, quem trará luz para nossas noites escuras?
Se desprezamos a mente, quem trará discriminação para nossa herdada ignorância?
Dediquemos nosso cuidado e atenção ao caminho, o destino está adiante, protegido, seguro. Que a mente se vá, satisfeita com seu percurso, com nosso último sopro. Que ele seja como o alegre e grato sopro que apaga a lamparina quando o nascer do sol se aproxima.
quarta-feira, 28 de março de 2018
Professor Jorge Luís Knak
Em 2015 viajou à Inglaterra para estudos presenciais com seu professor e para um intensivo de 13 dias sobre o Bhagavad Gita (longa escritura que detalha o desenvolvimento gradual do caminho de Yoga) com o Prof. Srivatsa Ramaswami (aluno de Sri Krishnamacharya / 1888-1989).